Boataria: uma clara demonstração de incompetência na vida e nos negócios

Fonte : www.linkedin.com

Por

Marcos Minoru Nakatsugawa
Conselheiro de Carreira




Acabo de ser lembrado, pela "Veja" desta semana de Carnaval, do linchamento de Fabiane Maria de Jesus, no Guarujá (SP), acusada [equivocadamente] de ser praticante de magia negra, contra crianças, em maio de 2014.

A cruel execução foi motivada por uma série de boatos que se espalharam, com velocidade, em função das redes sociais e da inoperância dos agentes institucionais de segurança da população - mas também pela sanha de pessoas supostamente normais em fazer justiça com as próprias mãos, demonstrando, assim, seu "poder" na sociedade.

Ainda sem grande influência de redes sociais, incipientes à época, difícil deixar de me lembrar do caso da "Escola Base", de São Paulo (SP) - que cometei em minha página do Facebook, há um bom tempo.

Em Psicologia Social, no IPUSP - Instituto de Psicologia da USP, estudei tanto esses fenômenos de "histeria social", que poderia me ater a uma análise técnica do fato.

Porém, o que trago à tona é o hábito pernicioso de pessoas, em geral - e há empresas, no universo corporativo, pródigas em estimular isso, em sua cultura organizacional -, que se apropriam de pseudoinformações, para dar vazão à boataria e à "fofoca", que combato veementemente, como profissional de gestão de pessoas e professor de comunicação que sou.

Deve existir alguma brecha, na Lei, que incrimine os "fofoqueiros", em sua origem. Os juristas de plantão que me ajudem. Boa oportunidade para abrir vagas em empresas, neste momento de crise, para quem tem foco no trabalho, não em boataria.