Maurício Silva
Analista de Segurança da Informação
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Se você trabalha diretamente com tecnologia da informação com certeza já ouviu muito se dizer de que o profissional de TI é desvalorizado pelo mercado. Por outro lado as empresas cobram cada vez mais conhecimento, e segundo uma parte destes trabalhadores, pagam extremamente pouco quando levamos em consideração o salário em relação não apenas ao conhecimento, mas a experiência adquirida.
Este debate, obviamente, já passou por muitas mutações, pois tudo que envolve meritocracia relacionada ao salário é motivo de discussão e divergências de opiniões. Este fato ganhou muito mais força com o surgimento dos sindicatos já no final do século XVIII e começo do século XIX, movido pela consolidação da revolução industrial.
Tecnologia da Informação por ser uma profissão relativamente nova se comparado a muitas outras, é a que mais se fala hoje em termos de desvalorização principalmente pela geração Y, geração a qual faço parte. Porém ao fazermos uma analogia com qualquer outra profissão que seja mais antiga, como por exemplo o Direito, Engenharia ou até mesmo a Medicina e perguntarmos para profissionais consolidados nestas ou até mesmo no ramo de TI qual o segredo do sucesso ou do reconhecimento verdadeiro, certamente ouviremos a célebre frase: - O segredo é suor e muito trabalho!
É uma ilusão achar que informação é formação. Hoje por termos (geração Y) o acesso a muita informação nos iludimos simplesmente achando que conhecemos muito, e certamente merecemos ganhar mais, muitas vezes suprimidos pelo desejo do consumismo ou reconhecimento imediato. É muito fácil estudar Direito, muito fácil estudar Medicina e também muito fácil estudar Tecnologia da Informação, mas em contrapartida é muito difícil se tornar um Advogado, muito difícil ser um Médico, e não é diferente com a Tecnologia.
Enquanto a geração Y reclamar apenas por salário melhores e não olhar para si próprio pelo viés que não seja o dinheiro, veremos grandes analistas/profissionais se consolidando e os demais ficando para trás. Acredito que as gerações mudam, porém o mercado profissional é um só e sempre será.
A batalha por salário e reconhecimento deve começar dentro de nós mesmos, refletindo sobre o que realmente queremos para nossa carreira, e principalmente se as nossas ações condizem com os nossos objetivos, se realmente merecemos o famoso Home Office, coisa que está totalmente fora de cogitação para um Engenheiro, Professor, Advogado e principalmente para o dono ou Diretor de qualquer empresa por um motivo óbvio, a valorização do fator humano!
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